Sexo, drogas e punk rock. Este é o universo retratado pela fotografa Nan Goldin. Quartos de hotéis de quinta categoria, travestis, drogados, putas e perdidos na noite. Tudo o que a moral e os bons costumes sempre rejeitaram. E porque, afinal, estas imagens fazem tanto sucesso? Os anos pós-aids, de conexões e sexos virtuais e desesperanças fizeram com que a sociedade ficasse menos hipócrita e assumisse mais as suas imperfeições. Vale tudo e tudo vale! As histórias veladas que cada um de seus retratados nos contam em imagens, falam um pouco da desilusão, solitude e dos descaminhos da vida. Existe uma linha do tempo que explica essa tendência. Beatnicks, rebeldes transviados, selvagens da motocicleta, pin ups e bombshells, Woodstock, hippies, freaks, punks e drags. As imagens do outro de Nan Goldin prosseguem esta história de antiheróis e mitos rebeldes da contracultura. Seus personagens se completam ao justapormos uma foto com outra, compondo-as como numa montagem cinematográfica. A narrativa de uma geração ao som de “My Way” na voz de Sid Vicious.