Dos Engraçados
Um ponto em comum dos “filmes mais engraçados de todos os tempos” é que além dos roteiros serem magníficos, eram personificados por atores merecedores deste (sempre escritos ou co-escritos por eles mesmos). Os grandes nomes das comédias do século 20 tem rosto: Keaton, Chaplin, Groucho, Chico, Harpo, Sellers, Cleese, Eric Idle, Graham Chapman, Woody Allen, entre poucos outros. Todos com uma capacidade absurda de improvisar e combinando perfeitamente gestos (contidos ou exagerados) com o texto.
Por isso, a minha felicidade é chegar no cinema do barango Botafogo Praia Shopping e ver um poster de Borat: Cultural Learnings of America For Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan - O longa metragem do melhor personagem de Sacha Baron Cohen.
A primeira vez que tive contato com Borat eu estava trabalhando e ouvindo uma mistura de entrevistas completamente nonsense e gargalhadas guturais quando resolvi conferir do que se tratava. Duas semanas depois de receber a notícia que ia se mudar para o Cazaquistão, meu pai ganhara de presente um DVD com a primeira temporada completa do ALI G – e lá estava meu tão sério pai, passando mal de tanto rir com a figurinha “oh tão soviética” chamada Borat.
Assim como os “semi-deuses” citados no começo do post, Borat improvisa, dança e canta, mas mais importante, brinca com algo que parece ter que ser lembrado a nós em todos os momentos de nossas vidas: a vida é a melhor piada do mundo, e quem a leva a sério acaba virando protagonista.
Pedro Meyer