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My name is Wakamatsu

Você nunca ouviu falar dele? Não sabe como pronuncia seu nome? É Wa(ua)kamatsu. Ele é japonês, hoje tem 71 anos e apesar de ter dirigido mais de 100 filmes, nunca foi exibido no Brasil. A Zeta Filmes e o SESC SP, junto ao CINESESC, terão o prazer de exibir 6 filmes na retrospectiva CINEMA RADICAL: KOJI WAKAMATSU dentro do INDIE 2008 São Paulo ( de 6 a 12 de novembro). Expoente do estilo pinku eiga ou pink films (filmes com forte erotismo, alguma nudez, violência psicológica, polêmicos para a reservada cultura japonesa do pós-guerra), sua obra passa a ter um caráter mais político e controverso, sendo censurado e incomprendido muitas vezes.

Veja o que Cássio Starling adiantou no BLOG ILUSTRADA NO CINEMA sobre Wakamatsu e sobre o INDIE EM SP.

Indie fará ataque cor-de-rosa em SP

"Aviso aos maratonistas: o tempo para retomar o fôlego será de apenas uma semana.
A esta altura todo mundo sabe que a Mostra Internacional de Cinema de SP, que começa nesta sexta, confirma-se, com números cada vez mais ciclópicos, como o maior evento cinematográfico da cidade. A correria para encaixar tudo o que se quer ver vai até o dia 30, e depois sempre tem aqueles dias a mais de repescagem.
A boa notícia é que, depois de estrear mansinho no ano passado, o Indie retorna a São Paulo no intervalo entre o fim da mostra e o início do Mix Brasil, que sempre traz alguns títulos interessantes. A abertura, neste ano, será no dia 6 (para convidados), e a programação se estenderá até 12 de novembro, sempre no Cinesesc (r. Augusta, 2.075), com ingressos a R$ 6 (R$3,00, estudante). A versão belo-horizontina do Indie, aberta na quinta passada, encerra-se hoje, depois de levar 134 títulos ao entusiasmado público da capital mineira.

Em São Paulo, segundo Francesca Azzi, que integra o trio de curadores do evento, o recorte manterá os títulos completamente inéditos das seções “Mostra Mundial”, “Premiers Films”, “Música do Underground” e “Nippon Connection”. Mas a cereja do bolo é a seleção de seis títulos do mestre do “pinku eiga”, Koji Wakamatsu.

Um dos mais sólidos gêneros do cinema japonês a partir dos anos 60, os “filmes rosa” foram, além de extremamente populares, território de experimentação estética e simbólica para diretores que ainda permanecem fora do cânone. Na opinião do diretor Nagisa Oshima, cujo ousado “Império dos Sentidos” bebeu direto na fonte dos “pinku”, “os filmes de Koji Wakamatsu oferecem aos seus espectadores uma experiência que não tem equivalente sob a luz do sol. É a voz do desejo, dos propósitos delituosos e, portanto, da miséria matizada, que ecoa na noite. Conseqüentemente, a relação entre os filmes de Wakamatsu e o espectador é altamente subjetiva, privada e, portanto, concreta”.

O pessoal do Indie preferiu manter segredo dos seis títulos que integram a mostra Wakamatsu, mas pelo menos três já estão confirmados: “The Embryo Hunts in Secret” (de 1966) é descrito como “um primor de claustrofobia e assédio sexual”; “Ecstasy of the Angels” (de 1972) mistura radicalismo político e violência sexual a um uso expressivo de distintas bitolas que conduz o filme para além dos limites do experimental; por fim, “United Red Army” (2007) (trailer), seu trabalho mais recente, mantém evidente a vocação política do cinema de Wakamatsu ao reconstituir a evolução de uma fração do movimento estudantil dos anos 60 até se transformar em um grupo terrorista alinhado com as Brigadas Vermelhas italianas e os alemães Baader-Meinhof.

Em pleno acordo com o espírito do Indie, é preciso garimpar para descobrir bons trabalhos que ainda se encontram fora do circuito óbvio da consagração cinéfila. Neste sentido, a mostra realizada pela Zeta Filmes preserva a idéia de risco, tanto para o melhor como para o pior. Do que foi exibido em BH e vale, desde já, a atenção curiosa está “Quando Eu Era uma Criança Lá Fora”, terceiro trabalho de John Torres que mistura documentário e auto-ficção. Trata-se de um exemplar do emergente cinema filipino que pode satisfazer quem tem interesse por descobertas.
Outro título que já chega com certa repercussão é “Tudo Perdoado”, estréia na direção da francesa Mia Hansen-Love (ex-crítica dos “Cahiers du Cinéma”). Definido pelo colega Eduardo Valente como “pequeno filme grande”, o que é sempre mais estimulante que os “grandes filmes pequenos” que costumam entulhar os caminhos da cinefilia curiosa."(dia 15/10/2008)


Logo publicaremos no site e comentaremos aqui no blog a programação do INDIE SP. Ainda estamos fechando alguns filmes. Até breve!
  Francesca Azzi    segunda-feira, outubro 20, 2008
 
 
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