Natal de merda "Black Christmas" é o début do diretor Bob Clark, mais conhecido por aqui pelo clássico da Sessão da Tarde "Uma História de Natal", o filme do garoto loirinho e de óculos que deseja uma espingarda de chumbinho no Natal e acaba com a língua congelada a um poste de rua. "Christmas" é conhecido por estabelecer o POV do assassino (sim, o filme é 4 anos pré-"Halloween", quase uma cópia carbono deste) e célebre por ser o primeiro de uma série de slashers que se seguiriam (Jason a encarnação mais bem sucedida). Tenho esse filme em DVD usado há algum tempo, acho bem bacana todo o set-up numa casa de fraternidade, mas o que mais me marcou foi a universitária bêbada interpretada por Margot Kidder. Hilário! O remake, agora com o título vertido para "Black X-Mas" (aqui, "Natal do Terror" com previsão de estréia para 29 de dezembro) tem o nome de Glen Morgan ("Willard", "Premonição") creditado na direção, mas não se enganem. Quem comandou o show aqui foram os produtores. Numa exclusiva para o site Arrow In The Head, John Fallon relata que até agora foram 4 as refilmagens impostas pelos produtores, que tiraram Morgan do barco e pintaram e bordaram para deixar o filme com cenas mais palatáveis para a equipe de publicidade. Ele lista que as seguintes cenas foram realizadas apenas para serem inclusas no trailer, ficando de fora do filme: - O homem enrolado em luzes de Natal sendo sugado pela máquina; - A mão que emerge do gelo e pega uma vítima; - Cadáver que cai do sótão, pendurado por luzes de Natal; - Billy colado ao teto feito uma aranha. Ele também relata que o consenso geral pelas exibições-teste é que os primeiros 20 minutos são ótimos e o resto o cúmulo da tosqueira. Refilmagens - ou reshoots - visando apenas a publicidade do filme tem acontecido desde "O Fugitivo", no qual a cena em que Tommy Lee Jones declama que vai procurar Harrison Ford até no cu do Judas foi concebida pela equipe de marketeiros e se tornou - por bem ou por mal - a cena mais célebre do filme. Mas aí está seu filme de Cinemark, pro bando de otários que acredita que o cartaz dependurado em shopping anuncia um filme e não um produto feito a vitrine da Leader Magazine.