Tribeca Film Festival: meio margherita, meio calabresa
Basta observar as fotos acima dos filmes que irão ser exibidos no festival novaiorquino Tribeca Film Festival, liderado pelo ator Robert De Niro e co-produzido por Jane Rosenthal e Craig Hatkoff, para entender a miscelânea da sua programação. O Tribeca, nome de um famoso (antes alternativo) bairro ao sul de Manhattan, começou na quarta-feira, dia 25, e se extenderá por 12 dias, terá em sua programação 157 filmes longas, 88 curtas de 47 países. Na competição, 18 longas concorrem ao melhor filme de ficção e 16 ao melhor documentário.
A programação se divide em grandes pré-estréias americanas ( Como "Homem Aranha 3", foto1), filmes premiados em festivais europeus (“Lady Chatterley” de Pascale Ferran que ganhou o César, Oscar francês, foto 2) e revelações de novos diretores e novas cinematografias (como o turco "“Times and Winds” que examina através dos olhos de 3 crianças a vida rude de uma distante vila nas montanhas, foto 3). E claro, como não poderia deixar de faltar, um grande número de curiosos documentários (como o de Alex Gibney: "Taxi to the Dark Side.", foto 4), muitos deles tratam do Oriente Médio e da guerra no Iraque; e um montão de curtas.
A imprensa americana fica o tempo todo comparando festivais como o Tribeca com Cannes, Sundance ou Berlim, e este primeiro sai perdendo pela comparação dos jornalistas do New York Times que consideram Cannes um gigante. Aguardam as novidades de Cannes no New York Film Fest, no segundo semestre. Mas consideram Tribeca mais compromissado com o cinema mundial do que o Sundance. A meu ver a programação não é nada mal, a não ser pelos blockbusters totalmente descartáveis. Confira mais aqui.
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Ps1: Ah! Esqueci de comentar que o filme "Dirty Dancing" ( que beleza!) será exibido em comemoração dos seus 20 anos! Vocês estão ficando velhos, hein?
Ps2: Veja o Red Carpet da abertura do Tribeca, meio disperso, mas a jornalista do New York Times, Melena Ryzik, faz um tipo bem crítico e irônico com perguntas um tanto fora do padrão.
Logo depois tem uma crítica do " Síndromes e um Século" por A.O. Scott. Aqui!
Francesca Azzi