Novos diretores revelam em pequenos testemunhos, entrevistas, detalhes de produção, o que queriam para os seus filmes, seus planos, o desejo de filmar.
O APERTO DE MÃO DA GUATEMALA
“Cinema que desafia as convenções, mostrando o que Jacques Tati poderia ter feito com a América rural” (Robert Kohler, Variety) / “Um trabalho maravilhosamente empolgante e verdadeiramente original.” (Michael Tully, indieWire) / “Um dos indies mais interessantes e originais de 2006.” (Scott Macaulay, Filmmaker Magazine).
5 curiosidades sobre o filme de estréia do diretor americano Todd Rohal:
1 > Rohal queria criar um tipo de “comédia depressiva”, para isto fez com que o método de comunicação entre os personagens fosse um paralelo com a forma como a história é contada à platéia, em que a informação não é dada logo de cara, as palavras que são ditas não são exatamente o que parecem e as informações mais importantes estão nos detalhes e subtextos sutis do diálogo.
2 > A meta era criar um filme sem referências conscientes a outros filmes, mídia ou livros, e que pudesse criar um clima tanto engraçado como emocionalmente trágico. O filme acontece em uma cidade sem nome, evitando os estereótipos típicos de pequenas cidades comuns a tantos filmes indie. Criou-se um lugar bizarro, surreal, que poderia ser em qualquer parte do interior americano.
3 > Toda a equipe consistia de amigos próximos. Uma vez que o orçamento não previa o pagamento da equipe, era fundamental que todos tivesse razões além do pagamento para participar. A equipe foi convidada a contribuir com idéias e a interagir com os atores durante as filmagens. Uma foto antiga do ator Ken Byrnes (Sr.Turnupseed) foi descoberta ao escolherem o figurino. A foto acabou entrando no roteiro numa cena escrita pelo ator e o diretor alguns instantes antes da tomada.
4 > O carro laranja usado no filme é um Vanguard ComutaCar de 1981, um veículo inteiramente elétrico que foi inventado no auge da crise do petróleo no final da década de 1970. Foi um projeto único e inovador, mas a empresa foi obrigada a fechar após receber criticas. Existem hoje menos de 500 destes automóveis nas ruas norte-americanas.
5 > Rohal foi associado ao movimento Mumblecore que reúne uma nova geração de cineastas americanos que realizam filmes de baixo orçamento, que trazem na temática as questões de relacionamentos e são marcados pelo improviso nos (muitos) diálogos e no roteiro. Para Rohal, que atuou num dos filmes do movimento, seu filme difere bastante dessas características narrativas do Mumblecore e seu desejo não era fazer um filme sobre sua geração, mas para todos.
Os diretores ingleses James Bluemel & Oliver Ralfe ao saberem da história de A.J. Weberman voaram para os Estados Unidos para realizar este documentário. Os diretores falam sobre o filme:
Bob Dylan uma vez disse: ‘não acho que vou realmente ser entendido até daqui talvez 100 anos’. Autor do Dicionário Dylan-Inglês, Dylanologista e criador da Garbologia (a prática de investigar o lixo de pessoas famosas para descobrir algo sobre suas vidas), A.J. Weberman fez da sua vida uma tentativa de entender Bob Dylan.Por vezes hilariante, outras vezes incômodo, este filme não é uma peça paralela ao filme de Scorsese sobre o Bob Dylan, No Direction Home, mas também uma observação interessante dos nossos desejos não equilibrados de saber mais sobre as celebridades e até onde queremos ir para obter essa informação, ou até mesmo fazer parte das suas vidas. Weberman não se percebe como perseguidor e insiste que Dylan deveria agradecer por sua presença: “como saber se eu não poderia ser para Dylan o que Verlaine foi para Rimbaud?”. É difícil ver este filme como um conto de um poeta e um crítico; assemelha-se mais a um olhar sobre o relacionamento bizarro entre um obcecado e o objeto da sua obsessão, e de como isso pode tomar conta da vida de um homem.
Conheça AJ,(Why be Normal?)! Veja agora se o trailer te animaria: