Começa hoje, dia 08 de maio, com a exibição do filme "O Andarilho" de Cao Guimarães a mostra "Experiências da Imagem", no Itaú Cultural, São Paulo. Serão exibidos mais de 50 filmes, vídeos e programas de TV que fazem uma reflexão crítica da produção audiovisual realizada nos últimos 20 anos no Brasil. Com curadoria dos professores nesta área, Arlindo Machado, Ivana Bentes e Yvana Fechine.
Organizado por Roberto Cruz, nosso colega aqui do BLOG, que analisa a questão do audiovisual nestes 20 anos: "Desse tempo pra cá, tivemos a retomada do cinema nacional, a televisão passou a usufruir maior liberdade de expressão, e as novas tecnologias, como a internet, se tornaram os novos paradigmas da produção" Cruz ressalta ainda que a programação desta mostra não traz uma mera retrospectiva, nem pretende fazer uma cronologia dessa recente produção. Segundo ele, os pontos de vista dos curadores para selecionar os filmes representam questões relevantes para se entender como estes trabalhos têm representado a realidade brasileira.
Do release:
"Arlindo Machado escolheu trabalhos que revelam preocupação em criar um diálogo com o mundo e que cruzam as fronteiras locais e globais.
Em contrapartida à idéia de globalização, a curadoria de Ivana Bentes buscou realizadores que olhem para dentro do país, com produções que tratem da realidade brasileira de forma menos estereotipada. "Entendo as periferias experimentais como laboratórios de criatividade do capitalismo contemporâneo", reflete. Segundo ela, mudaram os sujeitos do discurso, ou seja, não apenas as elites e minorias se vêem representadas nas telas, mas também os índios, MCs, militantes do hip hop, funkeiras, líderes de movimentos sociais e culturais, negros, subempregados.
No que se refere à televisão brasileira, o que mais tem se destacado como produção de qualidade nos últimos 20 anos, é o núcleo do diretor, produtor e roteirista Guel Arraes, abrigado pela Rede Globo de Televisão. A jornalista e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Yvana Fechine, pesquisa a obra do pernambucano, que esteve por trás das criações de célebres programas como Armação Ilimitada, TV Pirata, Programa Legal, Brasil Legal, Muvuca, Retrato Falado, Cena Aberta e Comédias da Vida Privada. "Ele fez uma experiência que se tornou um paradigma na televisão brasileira", diz Fechine. Para ela, o núcleo de Guel, que conta ainda com outros expoentes como Jorge Furtado, Cláudio Paiva e Regina Casé, têm uma visão ética e estética da televisão. "Eles conseguem incorporar tendências expressivas de produção experimental e obtém êxitos dentro dessa estrutura", diz ela".
Além dos filmes haverá debates nos dias 9, 10 e 11 de maio, sempre às 20 horas.
Confira toda a programação do evento aqui: "Experiências da Imagem" - Cinema, Vídeo e Televisão
Do release:
"Arlindo Machado escolheu trabalhos que revelam preocupação em criar um diálogo com o mundo e que cruzam as fronteiras locais e globais.
Em contrapartida à idéia de globalização, a curadoria de Ivana Bentes buscou realizadores que olhem para dentro do país, com produções que tratem da realidade brasileira de forma menos estereotipada. "Entendo as periferias experimentais como laboratórios de criatividade do capitalismo contemporâneo", reflete. Segundo ela, mudaram os sujeitos do discurso, ou seja, não apenas as elites e minorias se vêem representadas nas telas, mas também os índios, MCs, militantes do hip hop, funkeiras, líderes de movimentos sociais e culturais, negros, subempregados.
No que se refere à televisão brasileira, o que mais tem se destacado como produção de qualidade nos últimos 20 anos, é o núcleo do diretor, produtor e roteirista Guel Arraes, abrigado pela Rede Globo de Televisão. A jornalista e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Yvana Fechine, pesquisa a obra do pernambucano, que esteve por trás das criações de célebres programas como Armação Ilimitada, TV Pirata, Programa Legal, Brasil Legal, Muvuca, Retrato Falado, Cena Aberta e Comédias da Vida Privada. "Ele fez uma experiência que se tornou um paradigma na televisão brasileira", diz Fechine. Para ela, o núcleo de Guel, que conta ainda com outros expoentes como Jorge Furtado, Cláudio Paiva e Regina Casé, têm uma visão ética e estética da televisão. "Eles conseguem incorporar tendências expressivas de produção experimental e obtém êxitos dentro dessa estrutura", diz ela".
Além dos filmes haverá debates nos dias 9, 10 e 11 de maio, sempre às 20 horas.
Confira toda a programação do evento aqui: "Experiências da Imagem" - Cinema, Vídeo e Televisão