blogINDIE 2006


Persepolis ou Persépolis em português, livro e filme contam a história do Irã sob a perspectiva de uma menina-mulher

A história em quadrinhos da iraniana Marjane Satrapi, radicada na França, que virou um filme de mesmo nome, Persepolis, saiu em livro pela Companhia da Letras no fim do ano passado (com as 4 edições em 1). Os quadrinhos foram best seller na França onde venderam mais de 400 mil exemplares. O filme estreará em breve no Brasil, distribuído pela Europa Filmes. Disputará o Prêmio de Melhor Filme de Animação da Academia (le Oscár) (ao lado de Ratatouille), ganhou prêmio de Melhor filme em Cannes (do Júri)e está apontado no site do Festival de Roterdã ( que termina dia 03 de fevereiro) como um dos favoritos da audiência!

Persépolis, o livro, é uma delícia! Os quadrinhos contam em primeira pessoa, a autobiografia de Marjane, garota iraniana, muito esperta, que tinha 10 anos quando foi obrigada a usar o véu e a frequentar uma escola só de meninas. A diferença de Marjane para as outras crianças da grande maioria dos filmes iranianos ( que aliás, depois deste cinema ter vivido seu grande boom nos anos 90, está agora num total limbo do desinteresse, será por quê?) é que ela nasceu numa família moderna e politizada, em 1979 - ela não só assistiu ao início da revolução que tornaria o Irã este país obscuro, como também participou ativamente, através de sua família, de todos os processos de manifestação contrárias ao Xá e aos regimes xiitas, inclusive o exílio.

A animação (um filme totalmente independente, assinado a 4 mãos por Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud que caiu nas graças da Sony Pictures) parece uma adaptação mais do que fiel ao livro de Marjane (apesar dela dizer, no making of, que há muito de Vincent no filme). Graça ao seu humor, a antiga Pérsia ganha uma perspectiva menos melosa, mais humorada e muito mais política. Confira mais no site do filme .
  Francesca Azzi    quinta-feira, janeiro 31, 2008    3 comentários
 
 
O que um filme mostra ao público

Final da sessão de "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" no Unibanco Arteplex ontem, da qual saí um pouco decepcionado (mais sobre isso em crítica no site nesta semana). Sala bastante cheia para um final de tarde de segunda-feira chuvosa. O controle de contraste da projeção digital ainda me frustra, deixando os pretos da excelente fotografia do filme romeno sem profunidade e um tanto "leitosos".

Questão: um senhor, acompanhado de uma mulher também madura, saem do cinema comentando.

Ele: "Interessante. Mas que filme pesado."
Ela: "Vai chegando perto do final, o filme se perde." (e ela está certa; eu arrisquei uns possíveis motivos no texto que publicarei).

E então, o que me chamou mais a atenção:

Ele: "Interessante foi como o médico, apesar de tudo, apesar da grosseria, ele foi super profissional, e tudo que ele fez deu certo. Isso serve pra mostrar às pessoas..."

...e eu não consegui escutar o resto.

SPOILER: Para quem já viu o filme, sabe que o médico clandestino em questão, Bebe, é uma figura ameaçadora que aproveita-se da posição de desvantagem das jovens romenas para abusar delas sem temer acusações e represálias (eu sinceramente achei que o senhor não tinha "captado" o abuso sexual depois de pensar por um tempo). Numa situação de merda que compromete todos os envolvidos, Bebe manipula as cartas para explorar os que o procuram. É ESTE o "apesar de tudo" que não interfere no "profissionalismo" do sujeito.

Minha pergunta é: o que é que, para este senhor, "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" serve para mostrar às pessoas? Essa dúvida sambou na minha cabeça do cinema até minha casa.

Idéias, alguém?
  Bernardo Krivochein    terça-feira, janeiro 29, 2008    6 comentários
 
 



"4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias", romeno, político e com substratos latinos


Quando um filme, de um novo diretor, ganha a Palma de Ouro em Cannes não há como não ir para o cinema com um silêncio interior, um certo ar solene, uma certa expectativa, "sim, vou ver um grande filme", ou quem sabe até "o filme do ano"... Grande expectativas sempre morrem na praia do cinema. E o conceito de "grande" filme pode ser apenas uma pegadinha ou uma ilusão criada para vender ingressos pela indústria. Então, esqueça esta idéia.

Mas a insegurança do romeno Cristian Mungiu, expressa em seu rosto ao receber o prêmio em Cannes("estupefato"), não está em "4 Meses, 3 Semanas, e 2 Dias". No filme, há integridade, segurança e firmeza, num roteiro muito bem programado e em planos semi abertos e generosos que incluem quase sempre a personagem Otilia (Anamaria Marinca).

O que mais poderia excitar um espectador para ver um filme como este senão o que ele traz de estranho? O fato é: não sabemos nada sobre a Romênia, muito menos aquela dos anos 80, sob os domínios da ditadura de Ceausescu. Esta perspectiva de contar uma história neste contexto, torna "4 Meses, 3 Semanas, e 2 Dias" muito mais interessante. Apesar da história contada ser um lance pessoal de duas garotas atrás de uma solução para uma gravidez indesejada, os vestígios do sistema repressor e comunista estão presentes em cada passo dado por Otilia,(ao comprar cigarros e sabonete no mercado negro, ao tentar se registrar no hotel e ser mal tratada pela recepcionista, ao entrar e sair do hotel e ter que se identificar, ao andar pelas ruas mal iluminadas em busca de uma lixeira) tornando cada ação assim um reflexo deste sistema. Isto faz de "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" um filme essencialmente político.

Sob uma ditadura, (e lembramos um pouco do que era a nossa própria, particular, na qual só podíamos comprar produtos nacionais, e tínhamos uma insegurança permanente de sermos acusados injustamente de subversivos) tudo parece estar em jogo, uma decisão como esta de fazer um aborto, inclui muito medo e tensão. O medo de ser pego num ato ilícito, quando tudo, num momento político como aquele pode vir a ser considerado ilícito e pode ser usado contra você, cria uma espécie de thriller-suspense espontâneo. Como aqueles de filmes sobre o Nazismo ou sobre perseguições políticas, onde o fato contado já traz em si uma estrutura narrativa cinematográfica. Me lembrei do atual alemão "A Vida Dos Outros" que também incorpora esta sensação de suspense, em função de um momento político repressor e nada fácil de administrar na Alemanha Oriental.

Naquele momento lá, as romenas Otília e Gabita (Laura Vasiliu) - garota que é quem efetivamente sofre o aborto, estão integralmente desamparadas e agem por impulsos, tão comuns na juventude. Na conversa com seu namorado Otília vislumbra este desamparo e questiona: como poderia agir diferentemente, quem poderia ajudá-la, e se estivesse grávida, o que faria? A mulher e seu corpo parecem não valer nada na ilegalidade da ditadura. É assim que a figura de Bebe (Vlad Ivanov) é irrevogável. Seria ele o frio torturador, o algoz de um regime decrépito ou um abortador oportunista que equivale a um estrupador? A negociação entre as garotas e Bebe (ótima a ironia de seu nome) é tensa, ele sabendo da adiantada gravidez de Gabita, e se aproveitando da obscura situação ( que inclui a insegurança das garotas e a possibilidade do aborto não funcionar), ameaça e se faz ainda mais sórdido.

Na sessão que estava, no mínimo insólita, a presença de algumas senhoras romenas que conversavam sem parar,... uma senhora na cadeira de rodas com sua enfermeira e seu motorista, uma jovem com uma deficiência física que andava em 45 graus, outra senhora de idade que saiu aos berros reclamando do som alto da sala, mas todos de certa forma enebriados por esta língua-linguagem, um tanto cortante, fria e ao mesmo tempo com muitos substratos latinos de Mungiu.
  Francesca Azzi    terça-feira, janeiro 29, 2008    1 comentários
 
 



Ela é bonita, loira, talentosa e filha de Robert Redford!
Amy Redford não se intimidou e apesar do pai ser um dos donos da festa, ela foi lá
apresentar em Première seu primeiro filme "The Guitar". Atriz de formação, Amy já está adulta (37 anos) e segura o suficiente para enfrentar o crivo das críticas no Sundance. Seu primeiro filme "The Guitar" é com a bela Saffrom Burrows e conta a transformação na vida de uma mulher que descobre sofrer de uma doença em estágio terminal. Sem emprego e abandonada pelo namorado, com dois meses de vida pela frente, ela que economizou a vida inteira, sai comprando, e lota seu loft, com os objetosmais bacanas, entre eles, a guitarra que sonha tocar desde criança.
Leia o que diz a crítica da Variety
e assista ao vídeo que mostra uma entrevista com Amy e seu nervosismo da estréia no Sundance 08 com o pai Redford impassível (?)ou quase.




Ah! O resultado da competição do Sundance saiu ontem. Confira no site do festival aqui http://www.sundance.org/festival
/press_industry/releases/2008-01-26-Awards.asp


O grande vencedor do júri (ficção) foi Frozen River, de Courtney Hunt. Ela é mulher, nasceu no Tennesse e Frozen River é seu primeiro longa. Depois comentamos.
  Francesca Azzi    domingo, janeiro 27, 2008    2 comentários
 
 


VideoPost 25/1

(vamos ensaiar uma série de posts regulares para ver se eu consigo manter um padrão de postagens e manter o site regularmente atualizado)

A idéia deste post surgiu apenas para justificar a publicação de minha paixão pelo duo cômico Picnicface, os criadores por trás dos geniais Powerthirst e Powerthirst 2 (se você nunca viu, pare tudo e clique nos links: 1 e 2). Na mesma veia, os canadenses propõe uma revolução no ramo do entretenimento gerontológico: Super Bingo. Que é muito mais do que um simples bingo. Cuidado com os Pegasus a seguir:



Na votação anual de vários sites para os Melhores Clipes do Ano (inclusive o famigerado Pitchfork Media), a barbada já estava anunciada desde o momento em que o vídeo caiu na rede: vitória indiscutível de Bat For Lashes (ou Natasha Khan, para os íntimos) e o genial/assustador "What's a Girl To Do". O vídeo de Dougal Wilson recria a atmosfera de um giallo que casa perfeitamente com a música. Excelente coreografia. O casal que solta os balões me dá arrepios toda vez que vejo. Deve ter sido aquela vez que fui bolinado por um palhaço.



Ainda mais um clipe: antecipe-se ao seu amigo indie pentelho e comece a enjoar agora de Vampire Weekend. A banda, cujo álbum é o lançamento mais aguardado do primeiro semestre de 2008, despontou nas paradas das rádios universitárias ano passado com seu EP e um single em particular, "Mansard Roof" (cujo clipe, aliás, faz referência aos filmes da Nouvelle Vague, inclusive referenciando Godard na tipografia dos créditos: link). O álbum homônimo será lançado pela XL Recordings e o novo - e bastante divertido - clipe, "A Punk", é dirigdo por meio-Shynola Garth Jennings ("O Guia do Mochileiro das Galáxias", "Son of Ranbow"). Ouça agora e faça o esforço de tirá-la da cabeça antes de geral.



Imagine-se um repórter. Agora, imagine-se um repórter com cocô de pássaro na boca.



O auto-descritivo "Uma Coleção de Garotas Asiáticas Gostosas Fazendo Coisas Retardadas".


Para terminar, o clipe da semana pelos cineastas da Waverly Films. Era o tipo de filme que eu queria fazer na universidade, mas faculdade de cinema no Brasil é só para filmes sobre o nordeste e de conteúdo urbano-social. Ou seja, no final de contas, é o mesmo filme que este aqui:

  Bernardo Krivochein    sábado, janeiro 26, 2008    2 comentários
 
 


Be Kind Rewind

Falando do artista Brice Dellsperger, (no post abaixo sobre o workshop que dará no SESCSP) que construiu seu projeto Body Double ("Dublê de Corpo", título que faz referência ao filme de Brian de Palma) inspirado em "clássicos" do cinema contemporâneo e produziu remakes, filmes fakes, exagerados e completamente "trash", me lembrei do novo filme do Michel Gondry que terá estréia internacional em fevereiro.

Michel Gondry é um diretor insólito e cheio de fantasias deliciosas. De alguma forma seu último projeto se assemelha ao de Dellsperger. Em "Be Kind Rewind" (ou Seja Gentil e Rebobine) ele presta homenagem póstuma ao já falecido VHS ( quem tem saudades...?). O filme, que já teve estréia em alguns festivais como Toronto e Sundance, nem sempre tem recebido boas críticas, alguns acham que Gondry se banalizou e está acessível para o grande público.

"Be Kind Rewind" é no mínimo hilário. Jerry (Jack Black) e Mike (Mos Def) são dois amigos que sem querer apagam (desmagnetizam) todas as fitas da vídeo locadora do bairro. Procurando uma solução para a roubada, resolvem refazer o filme "Ghostbusters" para que a vizinha ( Mia Farrow!) não conte o que aconteceu para o dono da locadora (Danny Glover). Apostando que ela não vai notar a diferença, recriam com uma câmera VHS e algumas roupas... Mas aqueles que notam, querem mais! Ao processo Jerry chama de "Sweding". Um conceito a cara do Gondry: você pega alguma coisa que gosta e transforma em algo que tenha um pouco de você... hahahaha! Veja no site do filme alguns clipes dos remakes, mesmo o site do filme está "sweded", a internet, o youtube, todos estão transformados. Este processo de "sweding" tem muito a ver com os milhares de filmes domésticos exibidos no You Tube.

O filme parece bem popular, mas duvido que Gondry esteja menos genial, será? Esta idéia de remakes beirando ao trash, a própria idéia do trash em si atrai muitos espectadores e há uma fantasia universal sobre esta possibilidade de representar um outro sem ser fidedigno, destruindo a verossimilhança e acentuando algum aspecto bizarro, de certa maneira isto traz algum prazer, fetichista ...
  Francesca Azzi    quinta-feira, janeiro 24, 2008    1 comentários
 
 


PARIS HILTON CONTINUA VIVA

Notícias que são simplesmente escrotas: Heath Ledger ("Candy", "Brokeback Mountain", "Os Irmãos Grimm") foi encontrado morto em seu apartamento hoje,em Nova York. Do Yahoo! News:

"O corpo do ator foi encontrado por uma empregada doméstica, que bateu à porta de seu quarto para anunciar uma visita, indicou o jornal "The New York Times" em seu site, citando fontes policiais.


"A mesma fonte afirmou que a Polícia tinha recebido uma ligação por volta das 15h30 "(18h30 de Brasília) para ir a um edifício localizado no número 421 de Broom Street, no bairro de Soho.


"No local foi encontrado um homem inconsciente, que pouco depois foi declarado morto.

"A Polícia, segundo a imprensa americana, teria encontrado comprimidos perto do local no qual estava Ledger, de 28 anos, mas não se sabe ainda as causas de sua morte.

"Questionado sobre a descoberta das pílulas perto do corpo, o porta-voz policial limitou-se a dizer que "a investigação segue em andamento".

"O ator, que ficou famoso em 2000 com o filme "O Patriota", dirigido e protagonizado por Mel Gibson, tinha contratado uma massagista esta tarde.

"Quando ela chegou à sua casa, a empregada encontrou o ator inconsciente em seu quarto, indicaram os veículos de comunicação."

Ledger deixou pronta sua participação como Coringa no próximo Batman. Ele estava realizando o último filme de Terry Gilliam, " The Imaginarium of Dr. Parnassus". Isto também significa que a continuação de "10 Coisas que Eu Odeio em Você" não deverá acpntecer tão cedo.

No começo de "Idiocracy", Mike Judge culpava que a culpa do aumento da população burra no mundo era a super-racionalização dos relacionamentos entre pessoas inteligentes. O que Judge ignora em sua tese é que a morte precoce dos bons também não ajuda em nada.
  Bernardo Krivochein    terça-feira, janeiro 22, 2008    4 comentários
 
 



Cinema & arte, cinema na arte, cinema é arte?!

Como parte da exposição Colateral 2 (quando a arte olha o cinema) que abrirá dia 31 de janeiro em São Paulo, o Sesc- SP está promovendo dois workshops que tratam das relações entre o cinema e as artes visuais (tema bastante contemporâneo e que me parece será o assunto do ano).

#1 Narrativas de Filmes na Arte e no Cinema - Com Carola Spadoni
28 de janeiro (segunda) 14h às 17h. 20 vagas.

A partir da exibição de videoinstalações, longas e médias-metragens da artista, serão abordados os recursos narrativos e a produção para cinema e videoarte, além de outras questões sobre a linguagem cinematográfica.

(Carola Spadoni nasceu em Roma (ITA), onde vive e trabalha. Cineasta e artista visual, explora os espaços urbanos e as histórias das pessoas que os cruzam e habitam, investiga narrativas cinematográficas em trabalhos com ficção, documentário, instalações e videoclipes. Expôs na 50ª Bienal de Veneza, no MaXXI Museum em Roma e em diversas mostras coletivas e individuais na Europa.)

#2 Body Double 25 - Com Brice Dellsperger
28 de janeiro (segunda) 10h às 19h e 29 de janeiro (terça) 10h às 17h. 15 vagas.

Iniciada por Dellsperger em 1995, a série Body Double (foto) inspira-se em filmes cult da história recente do cinema para discutir a representação da diversidade de identidades sexuais no mundo contemporâneo. Neste workshop será produzido o 25o trabalho da série, que se baseará no filme Enigma do Mal (Sidney Furie, 82).

Você pode assistir aos filmes de Dellsperger no site http://www.bricedellsperger.com


(Brice Dellsperger nasceu em Cannes (FR), e atualmente vive e trabalha em Paris. Expôs na Galeria Air de Paris (2006), na Team Gallery de Nova Iorque (2004) e em mostras coletivas como a 9th Baltic Triennial of International Art (2005) e a Playlist no Palais de Tóquio em Paris (2004).)

Para se inscrever, mande seu currículo até dia 24/01 para exposicao@avenidapaulista.sescsp.org.br com o tema do workshop de interesse. É grátis!

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  Francesca Azzi    segunda-feira, janeiro 21, 2008    3 comentários
 
 



Como voltar das férias sem conflitos?


Eu posso dizer que este ano estive mesmo de férias. Fiquei longe pra valer do computador e das notícias sobre cinema e do próprio. Foi tão bom que não há como voltar sem conflitos... Ao voltar, uma preguiça e junto a ela um peso enorme sobre meus ombros, uma culpa de não estar presente aqui no blog e da minha mente não estar ocupada com projetos e cinema. Há alguma maneira mais suave de voltar das férias sem ser pela culpa ou pela necessidade de trabalhar e colocar os pés no chão? A verdade é que foi enorme o prazer de me afastar de tudo, de não saber, de poder simplesmente não saber de nada. Hoje, ou melhor, ontem, voltando à ativa, leio daqui e dali os blogs e notícias, penso muito no que escrever, nesta necessidade que estava do silêncio, de não dizer, e no que me faria sair deste estado. Achei tudo tão desinteressante, será que antes não achava?

Achei quase tudo tão desnecessário, notícias chatas e repetitivas... tipo as do Globo de Ouro, ou (de novo!!!) do filme do Padilha ou de novo das chances de Oscar do "Quando meus pais..." OU dos mini escandâlos da Britney ou da Amy, ai que chato! E ainda tem o Carnaval pela frente! A Internet está um grande lixo.

Só sei que para me recuperar do irrecuperável ( a mente que não quer engrenar, o sapato que não cabe no pé, ou a dor na coluna que volta ao sentar no computador) cliquei no Sundance que começou ontem. E apesar de Utah ficar no fim do mundo, desejei estar lá, até mesmo como voluntária (ui!)... Não sei porque, afinal quem produz festival acaba ficando com horror deles, mas é o esquemão dos indies que me atraiu, a grana, a estrutura, uma viagem e tanto.

10 curtas vão estrear no site online, e já começou e dura só 10 dias! Para quem quer assistí-los de graça, além disso você pode acompanhar a cobertura do festival com entrevistas com os diretores, e baixar podcasts também. Vai lá, quem sabe a big produção dos indies não nos inspiram ao menos.

O site do Sundance é bacana.

Neste momento estou vendo o curta "I Love Sarah James" de Spencer Susser, muitos não estão no ar ainda. Ah! O link para os curtas aqui 10 Shorts/10 days

Na foto acima a animação Yours Truly de Osbert Parker, feita com imagens de revistas antigas, cria um clima noir de romance e mistério, passa online dia 20. Inspiradora!

Precisamos disto, inspiração para 2008.
  Francesca Azzi    sábado, janeiro 19, 2008    1 comentários
 
 
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